Desde o último dia 13 de setembro, milhares de fãs do cantor canadense Justin Bieber estão em frente ao Anhembi, em São Paulo, ocupando as calçadas na espera pela abertura dos portões, enfrentando chuva e sol, além de muitos insultos de quem passa pela Rua Olavo Fontoura. As fãs ainda estão precisando driblar o cerco que vem sendo feito pelo Conselho Tutelar e pela polícia, que tenta mediar esta situação. Tem muita gente que está deixando a escola de lado para conseguir ver de perto o ídolo, num show que só vai acontecer no dia 2 de novembro.
Bastou que a Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro determinasse a proibição da montagem de barracas na entrada do sambódromo da cidade para o show, para que as medidas também chegassem a capital paulista. Desde 26 de setembro as fãs que vão acompanhar o show no Anhembi também estão proibidas de acampar nas calçadas a espera do canadense Justin. De acordo com a assessoria das subprefeituras da cidade, as barracas foram desmontadas com o apoio do Conselho Tutelar e da Guarda Civil Metropolitana, considerados como uso irregular do espaço e ainda obstrução de passagem.
Atualmente, cerca de 300 fãs se dividem em grupos e ficam realizando revezamento diário no espaço para marcar território próximo aos portões do Anhembi, ainda que sem as barracas para dormir e acampar. De acordo com a assessoria do Anhembi, existiam ainda outros agravantes, como a faixa etária da maioria dos fãs e as condições climáticas, que impediam a permanência dos grupos acampados nas calçadas. A maioria dos fãs que esperam são menores de idade e não há previsão para que a prefeitura de São Paulo libere a montagem das barracas.
A maioria das pessoas que aguardam a liberação dos portões tem idade entre 14 e 20 anos, tornando a calçada do Anhembi num ponto de encontro para falar sobre Justin, cantar, dançar e se preparar para o show que não chega. A maioria do grupo está presente no local sem o acompanhamento de responsáveis, mas garante que as tarefas escolares estão sendo cumpridas corretamente. A maioria das meninas passa o dia, desde as primeiras horas da manhã até o começo da noite, sentadas na calçada em frente ao portão. Outra dificuldade tem sido a ação de motoristas que passam por ali e as insultam, com palavras como “vagabunda”.
fonte:noticias br
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